Búzios

Búzios

Descrição

Apresentar ao professor as possibilidades pedagógicos utilizando o jogo Búzios: Ecos da Liberdade para fomentar discussões acerca dos conteúdos históricos a Revolta dos Alfaiates ou Conjuração Baiana ou Revolta de Búzios. O jogo Búzios: Ecos da Liberdade é um jogo em 2D, desenvolvido em flash para os sistemas operacionais Windows e Linux. Tem o estilo adventure. Feito para ser jogado por uma só pessoa, este estilo de jogo, enfatiza o enredo e incentiva o raciocínio lógico e exploração do ambiente pelo jogador. No game Búzios, o jogador controla o personagem Francisco Vilar - único personagem jogável – que interage com os personagens não jogáveis (NPCs), descobrindo como passar por cada fase até chegar o final, e avançando as fases do jogo, na medida em que soluciona os desafios para atingir os objetivos, desde a saída de Francisco de Lisboa em Portugal até a finalização do jogo com sua participação movimento revolucionário democrático.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Conteúdo histórico abordado no jogo Búzios: Ecos da Liberdade

Conteúdo abordado no jogo Búzios: Ecos da Liberdade


Cenários - do final do século XVII


a) Cenário político - Sociedade em que o poder e os privilégios eram direcionados somente para os brancos de origem portuguesa, restando às pessoas de cor um tratamento rígido e violento.


b) cenário econômico - Com a transferência da sede da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro, as coisas mudaram trazendo muitos prejuízos, não só para Salvador como também para as regiões próximas. A maioria dos comerciantes está sofrendo com as restrições econômicas e com altas taxas de impostos. Isso acontece porque o sistema colonial é guiado pela obrigação de comercializarmos com Portugal, o que impede a prosperidade do comercio.



c) cenário social - Ao fim do século XVIII, Salvador possuía uma população numerosa, formada principalmente por pardos e negros. Apesar do grande empenho da Coroa Portuguesa em manter longe as idéias libertárias, muitos livros, textos e cartas chegaram à Bahia, influenciando escravos, alfaiates, soldados e diversas pessoas que estavam descontentes com a sua situação social. A pneumonia aparece como umas das doenças adquiridas da época.


Os altos preços das mercadorias essenciais estão trazendo muita miséria. Sendo assim, a insatisfação da população é geral. Os negros são tratados como objeto sem valor e os preços dos produtos vindos da Europa têm trazido muitas dificuldades para todos, independente da condição social.


Devido à insatisfação com o governo lusitano, a miséria era grande da população negra. Os soldados não ficaram de fora das dificuldades na época, recebendo pouco, tiveram também restrições para alimentar-se.


Vestimenta - Essas distinguiam a origem e a condição social dos indivíduos. A classe mais humilde usava roupas mais leves e simples, como panos enrolados na cintura e na cabeça e acessórios africanos, seguindo assim a sua cultura. Já a dos nobres, elites costumavam adotar vestimentas volumosas, chapéus e acessórios como ternos, paletó, fazendo na alfaiataria sob medida.


Transporte - Os navios eram utilizados para trazer os negros da África. Tinham péssimas condições de higiene. Além das doenças como escorbuto por falta de uma boa alimentação, os passageiros adquiriam mal cheiros e piolhos por falta de banhos.

As carroças foram desenvolvidas pela necessidade de transportar os produtos comercializados da época. Os barcos foram construídos pelos pescadores para atender a população que crescia e o pescado se tornou a salvação dos mais pobres, pois os alimentos da lavoura estão escassos e caros.

Cultura - A cultura negra é presente no jogo através da trilha sonora que emite o som do berimbau, que é um instrumento musical desenvolvido pelos negros para jogar a capoeira.

A escravidão dos negros, a exploração, a chegada como escravos através dos navios no Porto de Salvador contextualizam a trajetória dos negros na busca pela liberdade.


EducaçãoNa época as pessoas que tinham acesso eram filhos de comerciantes, médicos que tinham como pagar professor particular ou enviar seu filho para faculdades fora do país, caso contrário, o filho se tornava aprendiz da profissão do seu pai, não tinha acesso a estudo, ajudando sua família a sobreviver, tirando da criança o direito de estudar e brincar.


Ideais libertários do movimento revolucionário democrático: os integrantes informados do movimento revolucionário francês conseguiram derrubar todos os privilégios.


Reuniões secretas pra tratar dos assuntos revolucionários contra a Coroa Portuguesa, sendo que a população tem medo de represálias, pois os direitos não são iguais para todos.


O acesso as obras revolucionárias francesa eram bem limitadas, mas a elite que se reunia secretamente em favor do movimento tinha acesso a alguns livros, cartas que chegavam no porto de Salvador através dos navios, mas se mantia invisível para as autoridades. A elite revolucionária reunia-se no engenho. Todos acreditavam que só teriam liberdade e prosperidade quando o Brasil se separasse de Portugal.


Os membros do movimento eram ramificados em toda a cidade, observando tudo o que acontecia na cidade de Salvador. Os membros se reuniam secretamente para se encontrar e discutir o futuro do grupo de forma livre.


Objetivo libertário da luta - Uma das principais lutas é instalar um governo democrático, mas também buscarmos libertar toda região do domínio português para podermos, comercializar com todas as nações livremente.

Movimento libertário contra a escravidão - O movimento favorece aos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.


Para se tornar membro era necessários algumas ações: jurar diante do livro e dos membros presentes, desempenhar com zelo, diligência e honestidade as missões que me solicitarem, cumprindo com fidelidade os deveres impostos pelo líder, respeitando a verdade, a justiça e o sigilo, guardando sem desfalecimento, os segredos que lhe forem confiados.


Escravidão - Quando os escravos fogem os senhores de engenhos oferecem recompensas para quem conseguem capturá-los.

Os negros eram trazidos da África por um traficante de escravos para serem negociados. Normalmente da Angola, Guiné Bissau e Golfo de Benin, pois os negros dessa região eram mais fortes e lutavam muito através golpes estranhos como rasteiras e chutes, os quais se defendiam dos seus perseguidores.


Os escravos, homens e mulheres traficados da África tinham boa saúde para trabalhos dentro e fora de casa. As mulheres cozinhavam e arrumavam a casa e os homens trabalhavam na lavoura.


Devido ao transporte no navio os negros chegavam com aparência maltratada, pois além de virem amontoados, a viagem também era muito cansativa. Devido a isso, os escravos eram negociados a preços inferiores ao pedido pelos traficantes de escravos, principalmente o preço das mulheres.


A origem do movimento contra a Coroa Portuguesa: Se deu através dos textos franceses e do êxito na luta contra o Rei Luiz XVI, quando a população pobre e miserável entrou para o movimento.


O governador considera as ideais vindas da França terríveis armas contra a Coroa Portuguesa. E ele censurará de forma violenta toda e qualquer ação que a contrarie.


Origem do nome da Revolta de Búzios: cada membro que entrava no movimento do povo ou dos trabalhadores do Movimento tinha características e nomes solicitados no grupo. Esses recebiam um búzio para a sua identificação diante de outros membros.

A descoberta do movimento da Revolta : A vontade de por em prática tudo que era discutido nas reuniões fez com que um dos membros se precipitasse. E assim, no dia 12 de agosto de 1978, alguns locais de Salvador amanheceram com alguns papéis afixados. Nesses papéis continham ideais de liberdade e igualdade, chamando o povo a se rebelar contra o domínio português. Por isso, foram considerados pelas autoridades como papéis sediciosos.

Final da Revolta de Búzios ou Alfaiates: Após a prisão de uma grande quantidade de pessoas envolvidas no levante, apenas quatro deles foram condenados à forca: Lucas Dantas, João de Deus, Manoel Faustino e Luiz Gonzaga. Os quatro foram executados e esquartejados em frente à Igreja da Piedade num cortejo sinistro, celebrando a vitória sobre o movimento popular. Os seus restos mortais expostos, de forma que a cabeça de Lucas Dantas ficou espetada no Campo do Dique; a de Manuel Faustino no Cruzeiro de São Francisco; a de João de Deus na Rua Direita do Palácio; a cabeça e as mãos de Luís Gonzaga ficaram pregadas na forca da Igreja da Piedade.

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